Sobre



Templo Polimata de Cruzeiro do Sul e centro internacional da Ordem Polimata dentro da tradição do Xamanismo do Caminho Verde. Centro de formação de mestres, pajés, curadores, arumuyas do Polimatismo, também local de convivência com as 18 tribos indígenas do Acre. O templo também concentra a produção de Ayahuasca e outras medicinas da floresta. Centro de estudos botânicos e sede dos trabalhos humanitários de apoio a população Norte do Brasil.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Kambô e sua poderosa vacina - Acre


Kambô e sua poderosa vacina - Acre


Saudações Polimatas!!!
Essa semana começamos os estudos com uma poderosa medicina!!! O kambô...
Em uma noite dessas, saímos para capturar o Kambô anfíbio com o nome cientifico Philomedusa bilocor, numa caminhada aqui mesmo pela quintal e a rua, em poucos minutos já estávamos com 6 Kambôs.

A captura deste pequeno animal é bem divertido, muito simples, porém, existem seus perigos. Onde há Kambô, também há cobras, serpentes, víboras e tantos outros animais peçonhentos. É bom ficar atento.
A primeira coisa que aprendemos é a identificar o som (canto) e a direção que está o Kambô. Caminhamos na beira da estrada com nossas lanternas, apenas prestando atenção no som emitido pelo Kambô e quando temos a certeza de que o encontramos, iluminamos nossas lanternas, fazemos uma busca visual para a captura.
Afinal de contas, o que é o Kambô? Qual é sua medicina e seus efeitos? Vou deixar aqui meu relato de experiência com esta forte medicina.
Partindo do princípio!!! O kambô é uma perereca e não um sapo como muito pensam ser. Medindo aproximadamente 15cm, este anfíbio é dócil, pegajoso, de cores vivas e com um canto muito particular, de fácil reconhecimento entre tantos outros sapos, rãs e pererecas da mata.
Uma característica muito importante a se mencionar é que a perereca do kambô é encontrada no alto das árvores, de habito noturno, diferentemente de outros animais de sua espécie que vivem nas beiradas de brejos, igarapés e plantas rasteiras.

Hoje estamos passando pelo período em que o Kambô está descendo das árvores justamente para produção de seu leite, que é a medicina, a vacina. O Kambô não possui predador natural devido a toxina produzida por ele. Predadores naturais como aves, cobras e outros animais veem esta perereca como um prato indigesto e mortal para suas vidas.
Agora que falamos um pouco deste pequeno animal, porém, muito importante para algumas nações indígenas, falaremos um pouco sobre a vacina do Kambô. Não entrarei muito afundo até mesmo porque ainda estou iniciando este estudo. Serei mais especifico enquanto a minha experiencia e relatos de conhecidos que já utilizaram desta medicina.

Das dezenas nações indígenas que fazem o uso do kambô, podemos destacar a dos Katukinas, Yanawas ... como os maestros na manipulação e aplicação da vacina. Nosso querido Gurudeva diz que o maior kambozeiro de todos que ele conheceu, é o Arumuya (Pajé) Koste, com mais de 250 aplicações, na constituição do gavião de kambô para o espirito de Ushanovo Vinhonorô, na qual Ele tem muito respeito e conexão já que incorpora o espirito e força deste ushanovo.


Muitas pessoas hoje procuram no Kambô um tratamento alternativo, já quando a medicina tradicional não tem o efeito desejado. Temos dentro de nosso Templo um caso real de cura através da medicina do Kambô.
O caso de um medico que se curou de diabetes através de um tratamento de muitos meses com a vacina do kambô, supervisionada por nosso querido Gurudeva, onde segundo próprio paciente, as vezes precisa comer chocolate para equilibrar o nível de açúcar no sangue.
Nessa minha experiência e aprendizado na captura e extração da vacina do Kambô, pude realizar meu primeiro estudo pratico com a medicina. Por segurança, auto apliquei dois pontos da vacina, por não saber como seria minha reação com a medicina (in natura) vinda diretamente do animal. O aprendizado neste estudo foi uma força sutil e uma coceira incontrolável por todo o corpo.

Comentei com nosso querido Gurudeva sobre esse estudo e perguntei a Ele se fiz certo ou se teria problemas ter feito auto aplicação? E Ele me respondeu da seguinte forma: “Problema não tem, você pode se auto aplicar. Desde que você esteja com algum tipo de energia carregada, não esteja bem e que não tenha alguém para aplicar. Quando você se auto aplica, a vacina do Kambô perde força porque a aplicação está vindo de você mesmo, diferentemente quando uma pessoa (qualificada), Pajé ou um Arumuya te aplica. São forças estrangeiras com seus rezos centralizados na sua cura e na condução da medicina do Kambô.” essas são as palavras de nosso querido Gurudeva Mahasurya aqui como Arumuya Kane Vaninawa Satanawa.

Foi um dia de muito aprendizado para nós aqui no Templo. Gabriel Mazzo e eu ficamos muito satisfeitos com esse estudo. Seu Pedro não participou da busca pelo Kambô, mas participou deste estudo e ao seu modo, também ficou satisfeito.
Para se tomar a vacina do kambô, a pessoa passa por um processo de limpeza espiritual, precisa estar em jejum e faz ingestão de um preparado de mandioca conhecido como Caiçuma, bebida fermentada muito importante dentro das nações indígenas. Na falta da caiçuma, bebe-se muita água para facilitar no processo de limpeza (vômito).

É importante dizer aqui também que pessoas cardíacas, cardiopata, com osteoporose, que façam uso continuo de medicação controlada estão PROIBIDAS de tomar a vacina do kambô. E toda pessoa que tem interesse nesta medicina devem passar por uma entrevista (Anamnese) para sua segurança.
Os efeitos desta vacina podem variar de pessoa para pessoa, mas, o mais comum é sentir pressões na região do abdômen (plexo solar), náuseas seguidas de vômitos, diarreia e na região da testa (Chackra frontal), em alguns casos, desmaios devido a elevação da pressão arterial. Pode ocorrer também algum inchaço nas regiões dos olhos e lábios.  É importante lembrar de evitar o sol durante a aplicação do Kambô, o sol e um dos fatores que causa esses inchaços no corpo.
Por hoje é isso pessoal!!!

Fiquem todos ligados no blog para as novidades de nosso Templo Polimata do Acre.
Meu nome é Gabriel Camargo e estarei trazendo as notícias diretamente de nossa jornada e do Templo daqui de Cruzeiro do Sul/AC e do nosso querido Gurudeva Mahasurya.

Minhas mais humildes e sinceras reverências a toda Ordem Polimata.
Minhas mais humildes e sinceras reverências a Ushanovos, Ioshins, Iripãn e Kokarpinochari.
Todas as Glórias à Sri Mahadeva, Sri Bhagavan e Sri Shakti Devi.  ki...
Todas as Glórias à Sri Guru Maharaj Mahacarya Mahasurya Pandit Swami.  ki....

Jay

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Dias chuvosos


Dias chuvosos

Saudações Polimatas!!!
Essa semana que passou definitivamente não foi produtiva para nossa obra. Choveu muito por aqui impossibilitando nosso trabalho e para ajudar.... ficamos alguns dias sem energia!!! Quando não chovia, não tínhamos energia para poder trabalhar com nosso maquinário, uma situação desanimadora, pois temos duas cacimbas para serem limpas, telhados a serem cortados, madeiras a serem cortadas, enfim...muitas coisas que dependem de uso de energia.
Quando o tempo estava chuvoso, fazíamos pequenos serviços como a manutenção e limpeza da cacimba e do nosso terreno para literalmente não ficarmos à toa por aqui. E quando o tempo nos ajudava com sol e energia, trabalhamos a todo vapor nas obras...

Resultado é que hoje estamos quase finalizando a cobertura de nossa obra, caixa d´água instalada e iniciaremos a parte de alvenaria.
Mesmo diante de toda essa situação adversa não estamos parados por aqui e nem poderia ser de outra forma. Estamos vencendo todas as barreiras que eventualmente venham a nos atrasar. SOMOS Polimatas e não vamos desistir e nem deixar que nada nos atrapalhe na construção desta obra. Estamos juntos, firmes e fortes com nosso querido Sri. Gurudeva nesta missão.
Estamos todos sob os olhares, proteção e amor de Śrī Krsna, com fé e devoção nEle alcançaremos nossos objetivos em nossa obra.
Por hoje é isso pessoal!!!
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Jay

domingo, 14 de outubro de 2018

Reflexões de Sabedoria 1

 “Fixe a atenção em si mesmo, seja consciente em cada instante do que pensa, sente, deseja e faz.”

Perdemos muito tempo observando os outros, suas ações e resultados. Perdendo assim o foco no que realmente importa, que somos nós próprios, ao nos afastarmos de nosso Ser, buscando observar outros e nos piores casos de forma obcecada ser o outro ou mesmo ter o que o outro conquistou, perdemos a oportunidade de alcançarmos através de nosso próprio merecimento e força, pois encontramo-nos a reagir a ação do próximo, deixamos de ser observadores e arquitetos que nossa vida e mundo, e ficamos presos por este carcereiro, já que você se permitiu fixar a sua atenção ao outro e não à si próprio. Liberte-se, escolha VOCÊ e deixe de ser seu próprio inimigo, o poder que seu inimigo possui é você que determina e concede devido ao apego a velhos hábitos e pensamentos destrutivos, quando manifestamos estes pensamentos ficamos também presos na destruição que desejamos.
Ao sermos conscientes de nos próprios, fixamos naturalmente a atenção em nós mesmos, assim podemos voltar para o campo da ação e não da reação. Neste Dharmaksetre que é a batalha e campo de peregrinação de vida pelo caminho do Dharma, das boas ações e iluminação, para que possamos ter alguma chance de iluminação devemos ter consciência desta batalha que se manifesta no pensamento, nas emoções, nos desejos e ações. No talmud diz:

“Preste atenção em teus pensamentos,
pois eles se tornarão palavras.
Preste atenção em tuas palavras,
pois elas se tornarão em atos.
Preste atenção em teus atos,
  pois eles se tornarão em hábitos.
Preste atenção em seus hábitos,
pois eles se tornarão teu caráter.
Preste atenção em teu caráter,
pois ele é teu destino.”

Mediante a forma que cada um de nós pensamos geramos as emoções e substancias bioquímicas em
sintonia, gerando paz, harmonia, raiva, ódio... O ser humano responde emocionalmente a estímulos bioquímicos assim se alimentando das próprias emoções.
Como existem pessoas que se alimentam de amor, harmonia, outros buscam o ódio, raiva, inveja. Cada um recebe o que deseja, assim será no final desta peregrinação.
A busca dhârmica de bons pensamentos e ações e parte essência da jornada espiritual do verdadeiro caminhante, aprender a lidar com a emoções conflitantes entre o que sentimos e o que pensamos e a mais importante batalha que Budha se refere, pois os pensamentos e emoções nutrem os desejos.
Budha diz que este e um mundo essencialmente de desejos, assim que realizamos um, criamos outro, num círculo aparentemente interminável, até que você assim limite os bons pensamentos, ações assim manifestando desejos mais plenos de evolução para si e os outros, um bom satori que uso é:

“Eu desejo receber em dobro o que lhe desejo”

Sejas o caminho de iluminação que desejas e contribua com o próximo sobre o mesmo prisma.
Em busca desta consciência que transcende o que acreditados, afinal, nem tudo o que acreditamos é verdade, podemos fazer o “certo”, a ação dharmica, termos a ação mais plena e equilibrada entre nosso próprio extremismo, isso é realmente evolução, estarmos consciente de nossos pensamentos, sentimentos e desejos, reflete nossa ação e aprendendo o que e como somos realmente, a mais pura verdade sobre nós carece de observação e aceitação.     
Agir dharmicamente se refere simplesmente a agir em pró da evolução espiritual de você enquanto alma espiritual inicialmente, tudo o que lhe ajuda a se aproximar mais da verdade em relação a você, Deus e ao Todo, é uma boa jornada dhârmica. Tudo que lhe afasta de você ter consciência si próprio, Deus e do Todo, se manifesta karmicamente, pois lhe afasta da verdade.
A busca de auto-definição não é um bom caminho, mas aqueles que buscam uma definição de seu próprio personagem nesta encarnação deve observar seus pensamentos, sentimentos, desejos e ações, assim a verdade se revelará. Se não gostar do que estas observando, simplesmente mude tomando um novo caminho em sua vida.

“Fixe a atenção em si mesmo, seja consciente em cada instante do que pensa, sente, deseja e faz.”

Este é um dos passos em uma jornada em busca de realização nos 3 planos (Material, Emocional e Espiritual) para que você alcance a sua verdade junto a uma consciência transcendental.



Minhas mais humildes reverências ao Mestre Georgiǐ Ivanovič Gǐurdžiev (Gurdjieff)
Atenciosamente, deste simples servo do caminho.
Mahasurya Swami

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Visitando núcleo Shanenawas

    

Visitando núcleo Shanenawas – Povo do Pássaro Azul


Saudações Polimatas!!!

É com muita alegria e devoção que depois de 3 semanas de muito trabalho em nossa obra, eu tive a oportunidade de sair junto com nosso querido Gurudeva aqui como Mestre Arumuya Kane Varinawa Satanawa para minha primeira missão e de muitas outras que estão por vir aqui no Acre. E também meu primeiro estudo de campo dentro do Caminho Verde.

Logo de cara já posso afirmar a todos que foi uma das experiencias mais incríveis que tive oportunidade de vivenciar dentro do caminho espiritual e do caminho verde. Simplesmente fantástico!!!

Viajamos cerca de 5h de carro até o município de Feijó, reduto Shanenawa, Kaxinawa, Huni Kuin, Kolina entre tantas outras nações. Fomos de encontro as lideranças a cima citado para acertar detalhes da próxima caravana até nosso Templo.

Espaço onde são realizados rituais Shanenawas. Fechado para o público

Já em Feijó, saímos em busca de nosso Txai Naynawa Epa cacique líder da nação Shanenawa da aldeia Shanekaya. Mas essa busca não foi tão simples quanto pensamos que fosse. Devido as chuvas na região nosso acesso até a aldeia ficou limitado até um certo ponto da estrada depois seguimos caminhando sob terreno barrento e muito escorregadio, foi muito divertido, uma aventura e tanto. Isso no primeiro dia da missão!!!


Já no segundo dia, de volta a aldeia para buscar o Txai Naynawa para seguir em frente com nossa missão de nos encontrar com a liderança Kaxinawa tomamos uma canoa que em alguns momentos nosso Mestre reparou que a água invadia nosso transporte, fazendo pensar que a qualquer momento naufragaríamos no meio do Rio Envira. Mas chegamos bem e para mim foi uma pequena viajem bem emocionante...

Chegado na aldeia localizada a margem direita, subindo o Rio Envira saímos em busca do Pajé Kaxinawa, porem, sem sucesso. O mesmo não se encontrava na aldeia e sim no centro de Feijó (Terra do Açaí). Já na cidade obtivemos sucesso em nossa busca e tudo ocorreu como nosso Mestre gostaria.

Local de onde são realizados cerimônias para visitantes

Depois de uma reunião em um modesto restaurante da cidade retornamos até a aldeia para as gravações e produção de um documentário que o Mestre e eu estamos realizando. Muito em breve teremos um documentário muito especial sobre Medicinas. Aguardem!!!

Árvore desenhada com Kane. Local de cerimônia Shanenawas
Para as gravações fomos levados pelas lideranças indígenas ate um local que por eles é considerado sagrado e que pouco homem branco tem acesso. Local repleto de arvores, plantas, ervas medicinais e muito bicho. Me senti muito honrado por poder conhecer e estar neste local sagrado.

Foram 3 dias de missão de muitos estudos a aprendizado. Fiquei muito ligado em tudo que o Mestre me dizia e também no que Ele tratava com as lideranças indígenas. Coisas boas estão por vir pessoal, aguardem...

Nesta missão pude aprender a hierarquia dos Cocares, dos Pajés e também sobre o uso abusivo do Rapé e as doenças causadas por esse abuso. São 9 cocares no total, onde cada um tem seu ensinamento. Já os Pajés podemos classificar em 3 linhas de cura. Temos o Pajé Erveiro, que traz a cura através do estudo refinado das ervas da floresta; Pajé de Corpo, que traz a cura em conjunto com Arumuya no corpo físico e temos o Arumuya, o mais forte entre os Pajés, o Pajé Dimensional, que traz a cura através de viagens astral durante seu ritual de cura com as medicinas da floresta.

Em breve realizarei um estudo mais profundo sobre o assunto e teremos material de estudo bem completo para aqueles que desejam estudar a Cadeira do Xamanismo, o Caminho Verde, o Caminho dos Pajés em nosso Templo.

Ruwa- Espirito da Floresta

Por hoje é isso pessoal!!!

Fiquem todos ligados no blog para as novidades de nosso Templo do Acre.

Meu nome é Gabriel Camargo e estarei trazendo as notícias diretamente de nossa jornada e do templo daqui de Cruzeiro do Sul/AC e do nosso querido Gurudeva Mahasurya.

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Jay

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Saudações Acreanas


Saudações acreanas a toda Irmandade Polimata!!!


Saudações polímatas!!!

Diferente dos outros textos publicados, hoje contarei um pouco sobre como está sendo nossa adaptação por aqui! Como está sendo nossa relação com a comunidade local e também com nossa rotina diária de trabalho no projeto Nawa no Acre.
Após completados duas semanas de muito trabalho, muitas conversas e risadas entre nós e também com os moradores locais já me sinto em casa, porem com muitas saudades da família e dos amigos de São Paulo. A chegada do Gabriel Mazzo nosso amigo e irmão de caminhada facilita bem as coisas por aqui – o caboclo é fera bicho, não tem medo do trabalho. Chegou para fortalecer nossa frente de trabalho com muita força, devoção e humildade.
Do mais, está sendo muito tranquilo, apesar do forte calor. Sem internet, televisão, barulho de carro, música alta. Passando na pratica por uma profunda limpeza espiritual e muito estudo. A única coisa que se ouve por aqui são as alvoradas dos galos e dos mais variados espécimes de aves existentes por aqui, um mais lindo do que o outro.

Confiram o que nosso irmão de caminhada tem a nos dizer:

...após quase um ano e meio de muita batalha, trabalho, aprendizados, práticas espirituais, foco e muito amor, enfim cheguei a cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre, dando início aos estudos e trabalhos dentro da irmandade Polimata.
Depois de bastante dificuldade pra dar o primeiro passo em terra firme Acreana, fui muito bem recebido pelo nosso Guru Maharaj, ficando algumas horas em nossa casa no centro da cidade, separei alguns pertences e pegamos o rumo para o nosso Templo no interior, onde as obras já estavam sendo realizadas e por aqui estou.
Apenas uma semana, mas já parecem ser anos, uma das coisas que me deixam muito contente nesta vivência, depois de muito trabalho de baixo de sol, poder entrar em meio a mata, caminhar alguns minutos e banhar-se em nosso Igarapé, bem refrescante, ainda que não temos chuveiro, lavar as roupas do dia que são usadas, voltar e estar com sensação de dever cumprido.
A noite aqui chega cedo e o dia mais ainda, tendo algumas horas durante a noite pra realizarmos o que gostamos, no meu caso ler, estudar violão e rezar, e acordar bem cedo pra começarmos os trabalhos manuais.
Por enquanto não temos conexão com o mundo a fora, mas logo isso irá mudar e teremos acesso a internet, o que me deixa mais tranquilo pois o tempo aqui curto, mas a saudade aumenta um pouquinho mais a cada dia, em especial de minha companheira Gabi, que amo demais, sendo que a missão faz com que nos afastemos materialmente por algum tempo de pessoas que mais amamos mas por um motivo maior de uma missão realmente importante para todos.
Algo muito novo pra mim além de estar em meio a floresta amazônica, com árvores enormes, frutos em toda parte, muita simplicidade, dormir em rede, e usar o banheiro fora de casa, são os sonhos, jamais imaginei ter sonhos tão vivos e mirabolantes como os que estou tendo, e muitos, de cinco a seis sonhos por noite e intensos, séries e filmes passam longe de serem tão loucos.
Pra finalizar, estamos realizando mais um lindo trabalho da Irmandade Polimata, desejo a todos uma caminhada com muita paz.
Haribol! [Gabriel Mazzo]

Esse foi o depoimento verdadeiro de quem sempre se mostrou interessado em fazer parte deste grandioso projeto e por coincidência, se é que existe, começamos nossa caminhada dentro do Templo Polimata no mesmo ritual em homenagem ao povo cigano do ano passado (maio de 2017) e hoje estamos aqui cumprindo nossa missão.
Nossa diversão aqui é ver quem é o mais teimoso aqui da casa, se o seu Pedro ou o Francisco. Isso é muito hilário, de verdade gente. Para quem conhece o seu “Trena Coral” sabe do que estou dizendo. Um Pedro é bom, dois, vixi...
Seu Pedro, caboclo velho de guerra com toda sua experiencia nos ensina com paciência, as vezes não né, afinal estamos falando do seu Pedro né! Nos ensina passo a passo do andamento da obra e enquanto executamos nossas tarefas, proseamos num intervalo e outro com muitas histórias e risadas. Mas olha...as vezes até parece ser histórias de pescador, mas vale cada momento.
Nosso irmão Pedro já com seus 60 e tantos anos requer um pouco de atenção de nós. Então fazemos assim... ele diz o que devemos fazer e nós executamos a tarefa, mas como disse anteriormente, o véio é teimoso que só. Então ele trabalha muito também. Seu Pedro coração valente, firme e forte como prego no aço.

Quase todos os dias vamos para casa de uma família de amigos que que fizemos aqui, onde proseamos sem ver o tempo passar regados de um bom café feito num simples fogão a lenha. O casal Aldemiro e sua esposa Antônia, carinhosamente chamada por todos aqui do Ramal 3 de “Tonha” e sua filha, Alana. Família simples e muito batalhadora que nos acolhem e nos fazem sentir em casa apesar da distância de nossa família e amigos.

Nosso querido Gurudeva Mahasurya uma a duas vez por semana vem nos visitar aqui para acompanhar como estamos, se está tudo bem, se precisamos de algo e coisas deste tipo. E claro!!! Acompanhar o andamento da obra, para que ele possa mudar para cá, já que ele tem que ficar em Cruzeiro para cuidar da casa monástica e do material das obras. Essa semana demos um importante passo para obra a qual O deixou muito feliz e que nos deixou felizes e com sentimento de estamos no caminho certo. Mas esse passo ficará em segredo por momento e em breve poderei dar mais detalhes sobre isso. Essa semana recebi uma ótima noticia de nosso mestre e quero aproveitar esse espaço para dizer que estou muito feliz por seu recado Bia e que muito em breve poderemos nos falar mais...
Novas amizades completam, não substituem, a ausência de pessoas queridas como todos do TP Mairiporã, TP Campinas, TP Boituva, Missão Jundiaí e de nossa família.
É pela humanidade que estamos trabalhando arduamente para construção do Templo Polimata aqui no Acre. É por essa obra que renunciamos e a cada pico, uma conquista da Vontade sobre a matéria. Obra que será um monumento  esculpido por esforços valorosos.
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terça-feira, 25 de setembro de 2018

BUSCA DA VISÃO - O MESTRE CONVIDA





As vagas são limitadas!!!
SAIBA MAIS - www.buscadavisao.com.br/tribos-indigenas
Informações: 11 95610 0029 (Whatsapp)

BUSCA DA VISÃO - ENCONTRO DAS TRIBOS 12,13 e 14 de Outubro Templo Polimata Mairiporã Em outubro, um evento INÉDITO acontecerá em nosso templo: o encontro de duas grandes nações indígenas - os Shawãdawa e os Kaxinawá.

Venha fazer parte de uma experiência imperdível, vivenciando as curas e os ensinamentos de cada tribo com a consagração das Medicinas da Floresta.

Conheça os experientes pajés Shãnã Vande Yuvarrã Pavuracã (Shawãdawa) e Arumuya Ninawa Ukan Baikamaki Kanpunuah (Kaxinawá) participando de atividades culturais, ouvindo suas histórias, interagindo e fazendo parte das rodas de curas guiados por suas canções.


segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Rompendo Mato


Rompendo mato para início da construção da casa de feitio.


Hoje o dia começou bem cedo!!! Às 6 da manhã todos já de pé se preparando para mais um dia de trabalho, no meu caso apenas completando o time e dando continuidade no que a caboclada já havia começado.

Partirmos com todos equipamentos até um ponto da floresta fechada, onde os trabalhos de preparação de toda madeira utilizada na construção da casa de feitio e casa estão sendo feitas. Enquanto Sr. Pedro acompanhava o motoqueiro (Op. Motosserra) que nos ajuda nesta missão e eu fui para outro ponto da floresta junto com o Sr. Francisco (Tatu) para abrir caminho para escoação de toda madeira preparada para a construção.


Foi aberto cerca de 600m trilha em mata fechada com espaço suficiente para passagem de um boi mais toda carga de madeira para construção. Nesta etapa do trabalho utilizaremos força animal, pois veículo algum tem acesso até o local e humanamente impossível é inviável carregar toda a madeira no braço.

Meus irmãos e irmãs estamos muito próximo de dar início a umas da mais importantes obras da Ordem Polimata e assim conquistar nossa independência de Medicinas e conexão com as tribos e seus ensinamentos raízes, diretamente da fonte.

Estou muito feliz e realizado em poder fazer parte desta tão sonhada obra de nosso querido Mestre Sri Guru Maharaj Mahacarya Mahasurya Pandit Swami.

Sou muito grato pela confiança de os membros do Clã do Camaleão
Sou muito grato pela confiança de nossa Mestra Iara
Sou muito grato pela confiança de nosso Mestre Arumuya Kane
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Jay

domingo, 16 de setembro de 2018

Amanhecendo


Amanhecendo sob bola de fogo


Saudações polímatas!!!

Não sei se é de conhecimento de todos, mas nossa rotina começa bem cedo por aqui. As 6 da manhã já estamos trabalhando devido ao forte calor que faz por aqui e para todos ter uma noção do que estou dizendo, é só observar a foto que fiz do sol das 6h, uma enorme bola de fogo alaranjada no céu.

Todo trabalho realizado por nós é dividido em equipes. A primeira equipe é formada por nosso motoqueiro (Op. de motosserra) e o Sr. Francisco para localização de recursos no interior da floresta para construção da casa de feitio e a segunda equipe forma pelo seu Sr. Pedro e eu, onde estamos trabalhando na perfuração do nosso poço artesiano e fabricação de tijolos para construção da fornalha.

Quando estamos trabalhando no interior da floresta a temperatura é mais amena, porém, não menos quente do que se trabalhar no descampado onde estamos perfurando o poço. Na floresta temos a vantagem de estar cobertos pelas altas copas das arvores e pela humidade da floresta. Já no campo aberto não temos nenhum tipo de proteção além de nossas roupas e chapéus.
Na perfuração do poço, por ser feito manualmente trabalhamos com pequenas pausas para descanso e hidratação. Então o Sr. Pedro e eu devido ao forte calor trabalhamos por 2 horas por dia e depois seguimos para outras atividades aqui na obra.

Falta muito pouco para concluir a etapa de reunir todo o material que será utilizado na construção.
Falta muito pouco para o início da construção.
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Jay

sábado, 15 de setembro de 2018

Chegada em terras Polimata


CZS/Acre 06 de setembro de 2018

Chegada em terras Polimata
Conhecendo a comunidade local e início dos trabalhos.

Após uns dias de adaptação a cidade e ao clima local, finalmente cheguei em terras que por mim será chamada de “Sagradas”, nas terras onde será construído nosso Templo e nossa morada. Adaptado a cidade, agora foi a vez de familiarização com a comunidade local e a rotina diária de trabalho que estará por vir de hoje em diante.

Fui apresentado por nosso Gurudeva ao Sr. Francisco conhecido aqui na região por Tatu (Ele não gosta de ser chamado de Tatu) nosso capataz, uma pessoa muito simples, mas de muito bom coração e de muita vontade de trabalhar. Feita as apresentações... Já me fez trabalhar e eu de cara disse: “Opa!!! Bora lá” e fui logo pegando a maior motosserra que temos aqui e fomos cortar uma árvore caída imensa, toda oca com uma parede bem espessa para usar como cano de escoamento em casos das monções e cheias no período de chuva por aqui na estrada.

Cheguei aqui justamente as vésperas do dia em que a comunidade receberia o prefeito da cidade de Cruzeiro do Sul para tratar de questões de prioridade, entre elas está a questão da perfuração dos poços artesianos, Projeto idealizado por nosso Gurudeva através da ONG Nawa, possibilitando aos moradores de receber água potável em suas casas. Hoje pude comprovar por mim mesmo o quão sério é a questão de não se ter água potável por aqui! Toda água consumida na comunidade para beber, tomar banho, lavar roupas, utensílios domésticos e para cozinhar vem de igarapés existentes na região. Pude ver de perto a qualidade desta água e acreditem!!! Vocês não consumiriam desta água.

Na caída da noite, espetacular por sinal. Céu todo estrelado e sem nenhuma nuvem que atrapalhasse o visual cheio de estrelas, as constelações todas visíveis, Sr. Pedro, Sr. Francisco e eu saímos para visitar três famílias (na qual uma me chamou a atenção) para a formação da Associação de moradores a qual será de muita importância para toda comunidade do Ramal.

Uma família em questão são produtores de farinha de mandioca atividade econômica principal por aqui. Quando chegamos, nos deparamos com um casal na preparação da farinha. O marido estava removendo toda a umidade da mandioca através de um sistema de prensa bem rustico onde haviam 5 sacas de 50kg de mandioca separados um a um por ripas de madeira. Uma vez feito o processo de remoção da água, a mandioca triturada passara por mais algumas etapas (Detalharei isso futuramente em documentário em vídeo) até chegar no produto final e serem vendidas nas feiras da cidade.

Para o primeiro dia foi bem movimentado....
Conheci as terras “Sagradas”, pessoas simples e receptivas, iniciei meus trabalhos aqui e de quebra.... banho de rio!!! Não temos água nas casas ainda.
Por hoje é isso pessoal!!!

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Jay


quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Início dos estudos do Caminho Verde – O caminho dos pajés


Início dos estudos do Caminho Verde – O caminho dos pajés



Antes de dar início ao meu relato de como foi minha primeira lição sobre o estudo do Caminho Verde da cadeira de xamanismo dentro da Ordem Polimata, gostaria antes de dizer como foi minha chega até o aqui.

Há cerca de 1 ano e meio atrás deu inicio a minha caminhada dentro da Ordem Polimata. Lugar onde tive a imensa felicidade de conhecer nosso querido mestre Sua Graça Sri Guru Maharaj Mahacarya Mahasurya Pandit Swami ou Mestre Arumuya Kane e pude dar início em meus estudos e claro!!! Sem saber que um dia estaria na cidade de Cruzeiro do Sul para ajudar na construção de nosso Templo.

Hoje sou membro interno residente na cidade de Cruzeiro do Sul/AC e discípulo de nosso Mestre. Com muita humildade inicio meus estudos na cadeira do xamanismo e com muita fé e determinação de absolver a maior quantidade de informação com nosso mestre e também com pajés, curadores e místicos da floresta sabendo que dentro do polimatismo esses estudos são contínuos e impermanentes.

Então sem mais delongas, vamos ao que nos interessa...  
Em sua primeira lição nosso mestre me passou de forma simples e objetiva a forma correta de como estudar e ter uma maior retenção de informações e entendimento sobre qualquer tipo de assunto a qual se estude.

Antes de mais nada devemos antes identificar em nós o tipo de leitor que somos. Se mecânico, auditivo ou dinâmico. No meu caso, me identifico como um leitor auditivo por que "pronuncio" na imaginação as palavras as quais eu leio. Esse tipo de comportamento durante a leitura nos torna leitores ineficientes e com baixa retenção de informação durante a leitura.

Nosso Guru diz: Que para se ter um bom aproveitamento em nossa leitura, devemos ler um livro devagar, anotando tudo o que é novo de informação, criando um novo vocabulário para o nosso refinamento. Anotando cada palavra desconhecida, cada frase/versos que nos remetem a algo novo para nosso entendimento. Ler no mínimo 50 páginas diárias em um local reservado e estudar sua área de interesse. Toda informação adquirida na leitura fica retida é memorizada durante o período em que dormimos.

Naturalmente, conforme evoluímos na leitura e ganhamos gosto por isso nossa leitura passará a correr de forma mais fluida fazendo que toda informação retida permaneça em nossa memoria consequentemente fazendo de nós assíduos leitores.

Dentro do polimatismo, conforme nos aprofundamos em nossos estudos e nos refinando dentro das cadeiras existentes dentro da Ordem, devemos dar um passo adiante para torná-los algo não mais do xamanismo, do hinduísmo, do budismo ou qualquer linha que desejamos maestria existentes no polimatismo ou não. Devemos unificá-los para se tornar algo nosso, de nosso merecimento, dentro do caminho espiritual para poder multiplicar e aplicar todos esses ensinamentos em nossas vidas.

Para que isso ocorra devemos entender que um passo adiante para próxima cadeira não é deixar de lado os estudos de uma linha já estudada a qual conquistamos sua maestria e sim termos a compreensão que todos os ensinamentos são contínuos e permanentes dentro de nossa jornada.

Por hoje é isso pessoal!!!

Fiquem todos ligados no blog porque está por vir muitas novidades aqui do nosso Templo do Acre.

Minhas mais sinceras e humildes reverencias a todos!!!

Meu nome é Gabriel Camargo e estarei trazendo as notícias diretamente de nossa jornada e do templo daqui de Cruzeiro do Sul/AC e do nosso querido Gurudeva Mahasurya.

Todas as Glórias à Sri Mahadeva, Sri Bhagavan e Sri Shakti Devi.  ki...
Todas as Glórias à Sri Guru Maharaj Mahacarya Mahasurya Pandit Swami.  ki.
Jay

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Inicio da Missão Polimata em Cruzeiro do Sul - Acre


Início da Missão Polimata em Cruzeiro do Sul - Acre

É com muita alegria que iniciamos nossa jornada polimata no estado do Acre, local onde a ayahuasca nasceu no Brasil, que é no rio Juruá, juntos as tribos descendentes da grande nação Nawa.

Aqui com as benção de Sua Graça Sri Guru Maharaj Mahacarya Mahasurya Pandit Swami, ou se preferimos já que estamos em clima xamânico o Mestre Arumuya Kane, que aqui se encontra realizando a edificação desta grande obra espiritual e física, para todo o povo local, polimatas e a humanidade como um Todo.

Estamos com a missão de criar o centro internacional xamânico do caminho verde amazônico polimata, aonde se encontrará a convergência do polimatismo com as tribos, pajés, curadores e místicos da floresta sendo desta forma, o centro de estudos avançados do já conhecido clã do camaleão. 

Ao mesmo tempo estamos fundando neste momento a Ong Nawa, uma instituição sem fins lucrativos com o objetivo direto de ajudar as tribos da região que atualmente trabalhamos em conjunto com seus caciques e pajés. Com a Ong Nawa a Ordem Polimata, Templos Polimata e a Irmandade Polimata direcionam seu trabalho social e beneficente para nossos Txais (irmãos indígenas) que tanto somaram em nossas vidas, retribuindo de forma consciente esta contribuição em nossa jornada polimata pela vida espiritual.

Meu nome é Gabriel Camargo e estarei trazendo as notícias diretamente de nossa jornada e do templo daqui de Cruzeiro do Sul/AC e do nosso querido Gurudeva Mahasurya.

Todas as Glórias à Sri Mahadeva, Sri Bhagavan e Sri Shakti Devi.  ki...
Todas as Glórias à Sri Guru Maharaj Mahacarya Mahasurya Pandit Swami.  ki...
Jay